terça-feira, 19 de junho de 2012

O Propósito para o Qual Deus nos Chamou


Recebi essa questão pelo facebook e resolvi postar minha resposta.



“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” 1 Pedro 2:9

Não precisa de uma exegese profunda para, à luz deste texto, saber qual é o desejo ou propósito de Deus para as nossas vidas. O próprio texto diz o “porque” somos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. E a resposta é simples: “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”
PERGUNTA:

Porque a maioria dos cristãos não tem realizado essa tarefa?





O texto pode ser dividido em duas partes aquilo que somos ( sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus e aquilo devemos fazer (a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz). Percebemos que uma coisa depende da outra, Ou seja, para cumprirmos nosso propósito de Anunciar deveríamos, de fato, viver como relatado na primeira parte. Todavia....

Esquecemos que fomos “Eleitos” que fomos alcançados pela Soberana Vocação de um Deus Todo Poderoso. Insistimos em nos posicionar no centro de toda a realidade e colocarmos na nossa conta a conquista da salvação. A obra de Cristo na Cruz não é mais para salvar eleitos, mas apenas para dar ao homem "soberano" em seu livre arbítrio a possibilidade de ser salvo ou não! Tornamo-nos arrogantes!

Esquecemos que somos sacerdotes (todos os salvos o são). Com livre acesso ao Pai, para clamar o perdão, para adorá-Lo, e pedir que possamos proclamar ousadamente o evangelho; mas insistimos em confiar em milagreiros e celebridades televisivas e apostólicas. Não usamos o nosso sacerdócio na plantação de igrejas, na evangelização, na vida comunitária; e quando o usamos para alguma coisa é para, inutilmente, pedir para o nosso próprio deleite;

Esquecemos de levar santidade à sério, senão, desde a muito, Deus já teria operado maravilhas em nosso meio. Mas em vez de obedecerem à ordem  “Sede santos porque Eu Sou Santo”, as igrejas se venderam ao mundanismo, ao dinheiro, à politicagem, às grandes gravadoras e acham que isso é poder de Deus. Devemos lembrar que O diabo ao tentar o  Senhor Jesus no deserto lhe ofereceu “todos os reinos do mundo e a glória deles”. Mas em vez de dizer, “Não só de pão viverá o homem” disseram, “Tô nessa”.

Esquecemos que Cristo morreu por nós para que fôssemos “ um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tito 2.14). Um povo exclusivo do Senhor é um povo identificado pela fé e pelas boas obras. Se os 40 milhões de crentes de resolvessem declarar que são filhos do “Dono de todo ouro e toda prata” ajudando as 1,4 milhão de crianças que são obrigadas a trabalhar em vez de vez apresentar carros e casas caras.

Esquecemos que Deus nos tirou das “Trevas para Sua maravilhosa Luz”. Isso  mesmo, nós não nascemos na luz, nossa origem é nas trevas. Nascemos mortos em delitos e pecados, “estranhos às alianças da promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”. Essa lembrança deveria não apenas nos levar à adoração e regozijo de um povo que foi tirado das Trevas (não saiu por conta própria), mas também fazer-nos humildes, nos livrar de toda arrogância e prepotência.

Este texto (1Pe 2:9) maravilhoso e diz o que a Igreja é! Mas está longe de expressar aquilo que nos tornamos. Que Deus nos perdoe e se agrade em fazer renascer em nós seu propósito original!


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