sexta-feira, 14 de setembro de 2012
quarta-feira, 15 de agosto de 2012
Conferência "Proclamando o Reino com a Vida"
O Que significa proclamar o Reino de Deus?!! Espiritualidade, Comunhão e Serviço!.
Participe conosco!! Será muito bom tê-lo conosco.
Local: IGREJA PRESBITERIANA DE BOA ESPERANÇA Estrada das Agulhas Negras 350 -
Campo Grande Rio de Janeiro, RJ
quinta-feira, 12 de julho de 2012
Princípios para a Proclamação da Palavra
Marcos 6b-13
http://www.cruzblanca.org/hermanoleon/ |
Gostaria de compartilhar alguns princípios que aprendi a respeito da proclamação do evangelho que devem nortear aqueles que desejam proclamar o evangelho. As vezes uso o termo "plantador" por que este texto é parte de um trabalho que escrevi sobre plantação de igrejas.
O
primeiro princípio é que é necessária capacitação para que a proclamação do
evangelho seja levada a efeito de modo satisfatório. O Senhor Jesus envia
aqueles a quem ele separou e capacitou de maneira especial para esse fim. Em
dias em que o evangelho tem sido confundido com teologia de autoajuda e
prosperidade, é necessário conhecer e saber aplicar o conteúdo do evangelho no
contexto em que o plantador está inserido.
Outro
ponto que fica claro no texto é que a proclamar o evangelho é o mesmo que
ensinar o evangelho. Esse ponto surge do modo como Jesus exercia sua missão. O
Texto diz que ele ensinava (διδασκων), o que pressupõe que a proclamação do
evangelho não era algo instantâneo, que se resolvia tão somente com uma exposição
de 5 minutos e um “levantar de mãos”. Os doze haveriam de se
hospedar nos lares e permanecer ali até cumprirem sua missão de ensinar o
evangelho do Reino de Deus.
Em
terceiro lugar, os discípulos não tinham autoridade para fazer o que faziam
vinda de si mesmos. Eles foram revestido de autoridade pelo Senhor Jesus, o que
testificava a autoridade que tinham era o poder manifesto na cura e na expulsão
de demônios. O uso do óleo, antes de ser compreendido com algo de uso medicinal
ou um elemento misteriosamente poderoso e capaz de curar, deve ser interpretado
como um símbolo do Espírito Santo, ou seja, da ação de Deus. A unção com óleo
na cura de alguém pelos discípulos deveria simbolizar que o poder de curar não
vinha deles, mas do próprio Deus.
Outra
lição que fica patente é que eles deveriam depender totalmente de Jesus no
exercício de sua missão. Eles deveriam buscar em primeiro lugar o Reino
de Deus e a Sua Justiça, que as demais coisas seriam acrescentadas (Mateus
6.33). Ele eles haveriam de ver confirmada nesta primeira experiência
evangelística longe do Grande Mestre, a confirmação de Sua promessa (Lucas
22:35).
Fica
claro também que, pela natureza das ordens de Cristo, os discípulos deveriam
compreender que a proclamação do evangelho, e consequentemente a plantação de
igrejas, não tem por objetivo o lucro financeiro. O pregador do Evangelho é o
portador da Palavra de Deus e não do Gazofiláceo. É muito embora, as Escrituras
estabeleçam claramente o direito ao salário daqueles que se dedicam
integralmente à proclamação do Evangelho (1 Coríntios 9.9-14), ele também
estabelece, que mesmo estes não devem exercer seu ministério visando lucro (2
Coríntios 2.17).
Finalmente,
o conteúdo da mensagem do evangelho continua a girar em torno do arrependimento
(v.12, conf. Lucas 24.47). Essa foi a mensagem do Senhor Jesus, foi a mensagem dos apóstolos e deve ser a mensagem da Igreja.
Associado a isso, o fato de serem enviados de dois
em dois, significa mais do que a mútua cooperação na pregação, mas também pelo
fato de que, na cultura judaica, o testemunho de duas pessoas a respeito de
algo se estabelece a veracidade dos fatos (Deuteronômio 17.6; 19.15; 2
Coríntios 13.1; 1 Timóteo 5.19). Portanto, a fidelidade quanto ao conteúdo era
fundamental para que toda a missão fosse revestida de êxito. Não era a conversão
das pessoas que estabelecia esse fato (v.11), mas a fidelidade com o conteúdo
do evangelho.
Pregar o Evangelho é coisa séria, e deve ser compreendido plenamente para que possamos fazê-lo com dignidade e correção!
terça-feira, 19 de junho de 2012
O Propósito para o Qual Deus nos Chamou
Recebi essa questão pelo facebook e resolvi
postar minha resposta.
“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação
santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou
das trevas para a sua maravilhosa luz.” 1 Pedro 2:9
Não precisa de uma exegese profunda para, à luz deste texto, saber qual é o desejo ou propósito de Deus para as nossas vidas. O próprio texto diz o “porque” somos geração eleita, sacerdócio real, nação santa e povo adquirido. E a resposta é simples: “para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.”
PERGUNTA:
Porque a maioria
dos cristãos não tem realizado essa tarefa?
O texto pode ser dividido em duas partes aquilo que somos ( sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus) e aquilo devemos fazer (a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz). Percebemos que uma coisa depende da outra, Ou seja, para cumprirmos nosso propósito de Anunciar deveríamos, de fato, viver como relatado na primeira parte. Todavia....
1º Esquecemos que fomos “Eleitos” que fomos
alcançados pela Soberana Vocação de um Deus Todo Poderoso. Insistimos em nos
posicionar no centro de toda a realidade e colocarmos na nossa conta a
conquista da salvação. A obra de Cristo na Cruz não é mais para salvar eleitos,
mas apenas para dar ao homem "soberano" em seu livre arbítrio a possibilidade de
ser salvo ou não! Tornamo-nos arrogantes!
2º Esquecemos que somos sacerdotes (todos os
salvos o são). Com livre acesso ao Pai, para clamar o perdão, para adorá-Lo, e
pedir que possamos proclamar ousadamente o evangelho; mas insistimos em confiar
em milagreiros e celebridades televisivas e apostólicas. Não usamos o nosso
sacerdócio na plantação de igrejas, na evangelização, na vida comunitária; e
quando o usamos para alguma coisa é para, inutilmente, pedir para o nosso
próprio deleite;
3º Esquecemos de levar santidade à sério, senão, desde
a muito, Deus já teria operado maravilhas em nosso meio. Mas em vez de
obedecerem à ordem “Sede santos porque
Eu Sou Santo”, as igrejas se venderam ao mundanismo, ao dinheiro, à
politicagem, às grandes gravadoras e acham que isso é poder de Deus. Devemos
lembrar que O diabo ao tentar o Senhor
Jesus no deserto lhe ofereceu “todos
os reinos do mundo e a glória deles”. Mas em vez de dizer, “Não só de pão
viverá o homem” disseram, “Tô nessa”.
4º Esquecemos que Cristo morreu por
nós para que fôssemos “ um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras” (Tito
2.14). Um povo exclusivo do Senhor é um povo identificado pela fé e pelas boas
obras. Se os 40 milhões de crentes de resolvessem declarar que são filhos do
“Dono de todo ouro e toda prata” ajudando as 1,4 milhão de crianças que são
obrigadas a trabalhar em vez de vez apresentar carros e casas caras.
5º Esquecemos que Deus nos tirou das
“Trevas para Sua maravilhosa Luz”. Isso mesmo, nós não nascemos na luz, nossa origem é
nas trevas. Nascemos mortos em delitos e pecados, “estranhos às alianças da
promessa, não tendo esperança e sem Deus no mundo”. Essa lembrança deveria não
apenas nos levar à adoração e regozijo de um povo que foi tirado das Trevas
(não saiu por conta própria), mas também fazer-nos humildes, nos livrar de toda
arrogância e prepotência.
sábado, 16 de junho de 2012
Sete Conselhos aos Noivos
(Esboço dos Conselhos que dei no casamento de Carol e Vitah)
- Casamento não faz as pessoas felizes! Pessoas felizes que fazem a felicidade do casamento!
- Relacionamento sexual é muito bom (aproveitem!!), mas não restaura o casamento; diálogo e compreensão é que cumprem esse papel!
- Ter Filhos é sinal da bênção do Senhor e uma grande missão! Mas eles não preenchem vazio existencial, só Jesus tem esse poder!
- Trabalho não é pré-requisito para casar, o Amor é que é! Mas continua sendo pré-requisito para comer!
- O perdão continua cobrindo multidão de pecados, mas a paciência no falar é que continua evitando que a maioria deles aconteça!
- Internet e TV não são esses monstros que alguns pintam! Mas se elas começarem a crescer muito “puxem a tomada”.
- As coisas não têm o valor que vocês dão! Escolhas Certas continuam dando Lucro e as errada prejuízo!
quinta-feira, 31 de maio de 2012
Evangelização, uma questão de Obediência!
Você já deve
ter ouvido alguém dizer que não tem dom para evangelizar e por isso não se
arrisca a falar das boas novas do Reino de Deus para as pessoas com medo de
falar algo errado. É verdade que certas pessoas têm mais facilidade para falar
do que outras, por serem mais extrovertidas ou por estarem ligadas ao ensino em
suas igrejas. E quando vemos que existem irmãos com mais desenvoltura que a
gente para tratar dessa questão, descansamos no pressuposto de que tais pessoas
são assim por que tem dom específico para isso enquanto elas não.
O problema
surge quando lemos no evangelho de Mateus que nosso Senhor Jesus nos deu uma
ordem; e a deu para todos os membros do seu corpo, a Igreja. Assim sendo, a
proclamação do evangelho não é apenas uma questão de exercício de certos dons,
mas de obediência. Parece-me que alguns pontos precisam enfatizados.
O primeiro é: Se
existe um dom que é exigido para pregar o evangelho, este é o dom da salvação.
Sim! Aquele que pretende obedecer a ordem de cristo precisa ter atendido
primeiro a mensagem que ele pretende pregar. Não se pode pretender que alguém
obedeça algo que nem você mesmo ainda obedeceu. É preciso ser convertido para
ser usado por Deus na conversão de outras pessoas.
Outro ponto que
precisa ser observado é que a proclamação do evangelho não é um evento, mas um
estilo de vida. Muitos acham que evangelizar é somente quando marcamos um
sábado à tarde e, com folhetos nas mãos, vamos de dois em dois, de casa em casa
e ou abordando as pessoas no meio das ruas. Tais coisas podem funcionar, mas
estão longe de ser a proposta do Reino de Deus para a sociedade. Quando Jesus
enviou os setenta de dois em dois, Ele não tinha a intenção de criar um método
evangelístico, mas de evangelizar e mostrar
para as cidades que o Reino de Deus estava próximo, na verdade estava entre ele.
Assim sendo, a proclamação das Boas Novas é algo que deve fazer parte do nosso
dia a dia, uma mensagem que compartilhamos principalmente com nossos amigos,
com as pessoas com as quais convivemos e teremos tempo de acompanhar, apoiar e
discipular.
No entanto,
alguns podem estar perguntando: Então para que serve o pastor? Não é ele quem
deveria pregar o evangelho? O papel da gente não é criar o evento e colocar o
pastor lá na frente para pregar? Afinal ele não recebe para isso? Você pode
achar que não, mas existe gente tacanha o suficiente para pensar desse jeito. São
pessoas acostumadas a pensar em evangelização nos termos que eu coloquei acima,
em termos de eventos. São os crentes “Lady Kate” que, direta ou indiretamente,
vivem dizendo “Tô pagaaando”. É isso mesmo, acham que por darem dízimo e oferta
para missões estão quites com a missão. A percepção que tais pessoas têm a
respeito do ministério pastoral denuncia o cristianismo consumista em que elas
vivem. Elas não sabem que o papel primordial do ministro da Palavra é equipar
os santos. Sim! Ensiná-los e capacitá-los a irem e viver um cristianismo que
proclame o evangelho com os lábios e com a vida.
Somando-se a
isso devemos levar em consideração que, não obstante o fato da mensagem do
evangelho ser sublime e constituir no maior mistério (algo que estava oculto,
mas que foi revelado) de todos; ela não é necessariamente complexa de se
explicar; pode ser complexa para se aceitar mas não para se explicar. Mas como
não somos capazes de converter ninguém, nem mesmo de convencê-los, tudo que
temos que fazer é sermos fiéis ao conteúdo da mensagem que diz que o Deus Todo
Poderoso exige que todos se reconciliem com Ele mediante o arrependimento e a
fé no Seu Filho Jesus Cristo para que seus pecados sejam cancelados, para que
eles sejam declarados justos, feitos filhos de Deus e herdeiros da vida eterna.
É isso aí,
evangelizar é uma questão de obediência! Por isso procure meios de aprender a
evangelizar com fidelidade, os métodos são instrumentos interessante, mas o
conteúdo da mensagem é primordial. Busque cumprir a missão para a qual Deus te
chamou!
terça-feira, 22 de maio de 2012
quarta-feira, 16 de maio de 2012
Saudades das “Tolas” Discussões do Passado
Lembro-me que quando o Senhor Jesus me
salvou logo me deu uma vontade muito grande de conhecer as Doutrinas da Igreja.
Pedi a um amigo seminarista que me indicasse um livro que tivesse as doutrinas
da Bíblia e ele me indicou um livro de Teologia Sistemática de Louis Berkhof
muito conhecido dos seminários presbiterianos. É isso mesmo! depois da Bíblia,
um dos meus primeiros livros cristãos foi logo um livro de Teologia
Sistemática. Com um pouco mais de um ano de conversão eu já estava familiarizado expressões como “Supralapsarianismo”, “prémilenismo dispensacionalista” e
coisas deste tipo.
O problema foi que muita teologia e
pouca oração fez de mim uma pessoa afeita a discussões teológicas. Vez por outra eu me via discutindo com
batistas sobre a forma de batismo, a doutrina das últimas coisas (o milênio
principalmente); e também discutia com os amigos da Assembleia de Deus sobre a
questão do batismo do Espírito Santo, dons de língua e etc. Reconheço que nem
sempre o meu prazer estava em defender a fé, mas em vencer as discussões! Com o
passar do tempo isso foi acabando e com a “maturidade” percebi que tais
discussões eram tolas e sem sentido.
Por outro lado todo o movimento
evangélico estava mudando. O relativismo não mais permitia discussões
doutrinárias e o pluralismo fazia com que as pessoas cressem em tudo, até
naquelas coisas que não podiam coexistir, que eram contraditórias em si mesmas. O evangelicalismo brasileiro que a muito
tempo não tinha mais a vestes das igrejas históricas, já estava se despindo dos
trajes pentecostais e se cobrindo com a roupagem neopentecostal. Agora os evangélicos estavam crendo em tudo, um
paganismo disfarçado adentrou pelas portas das igrejas e tomou conta de tudo. A
relativização moral promovida pelo abandono das doutrinas bíblicas e pela
descrença de valores absolutos moldou e continua a moldar a maioria dos crentes
brasileiros. Hoje ninguém mais discute doutrina, porque doutrina não é
interessante. A Bíblia, que continua
batendo recordes de venda é lida só em suas notas de rodapé (para ajuda
financeira, saúde, autoajuda e etc).
Minha mente voltou ao passado, na
lembrança das discussões “Tolas” e as lágrimas me vieram aos olhos com saudades
daquela época. Não por causa das discussões em si, mas por aquilo que elas
representavam. Aquelas discussões apontavam para denominações que valorizavam
doutrinas conectadas a princípios bíblicos preciosos.
O que eu quero dizer é que aquelas
discussões sobre forma de batismo eram importantes porque as igrejas ainda
davam importância para a união espiritual do povo de Deus. Elas criam que
existia uma Igreja Visível, que o Rito de entrada nesta igreja era o batismo,
independente da forma. Presbiterianos,
batistas, metodistas, assembleianos, congregacionais e outros entendiam que
mais importante que o número de membros, era o membro em si, chamava-os de
irmãos porque passaram pelo batismo, foram recebido no corpo da igreja e o que
acontecesse com eles os atingiria também.
As discussões sobre milenismo,
pósmilenismo e amilenismos indicavam para aquelas igrejas que a volta do Senhor
Jesus era importante, e que a interpretação que davam a respeito do Seu retorno
demonstrava a expectativa. Eu, na minha “tolice”, podia dizer para um batista
ou assembleiano que quando Jesus voltasse a gente ia tirar a “prova dos nove”
para ver quem tinha razão. Mas o que estava por traz disso era que eu cria que
todos nós pela fé no mesmo Cristo estaríamos juntos depois da consumação de
todas as coisas, porque independente de nossas diferenças em questões
secundárias, eu os tinha como irmãos.
As discussões “tolas” sobre se o crente
deveria buscar o “Batismo” com o Espírito Santo ou o “Enchimento” do Espírito
demonstravam que a grande parte dos crentes que criam nessas coisas estavam, a
seu modo, buscando santidade, avivamento e capacitação para o serviço cristão. Sim
as igrejas queriam pregar o evangelho da melhor maneira possível, queriam ser
usadas por Deus, queriam ser submissas às Escrituras Sagradas, queriam comunhão
verdadeira, queriam que o Senhor Jesus voltasse logo. Sim as discussões eram
tolas, mas indicavam algo bom!
Hoje ninguém
discute mais! E eu me pergunto: Será que alcançamos a maturidade cristã de nos
firmarmos em questões essenciais e sermos tolerantes nas não essenciais? Eu
temo que a resposta seja “não”. Penso que as questões doutrinárias tão
importantes para a vida da igreja deixaram de ser importantes para a grande
maioria dos evangélicos. Comunhão, Santidade, Justificação, Parousia deixaram
de ser prioridades. Pergunto-me se a maioria dos crentes de hoje saberiam
responder “porque Cristo morreu em uma Cruz”.
Se não sabem, elas simplesmente não são salvas, por que esta não é uma
questão secundária, mas central, assim como a doutrina da Trindade, da
Ressurreição e outras. Se não cremos nelas, porque não as conhecemos, simplesmente
não existe cristianismo, e nas palavras do Apóstolo Paulo, “é vã a vossa fé, e
ainda permaneceis nos vossos pecados”. (1 Coríntios 15.17)
Não! não amadurecemos, por isso ainda sinto
saudades das “Tolas discussões” do passado!
sexta-feira, 11 de maio de 2012
“Palmas para Jesus”
A Algum tempo escrevi um texto sobre palmas (aplauso) que a
agora transcrevo acrescentado de alguns parágrafos.
Vou apontar alguns argumentos que me fazem discordar do
gesto de “Bater palmas para Jesus” ou “aplaudir Jesus” ou mesmo aplaudir o
grupo que está cantando em um culto.
Antigamente, ninguém aplaudia ninguém nas igrejas, todos
eram muito reservados e desconfiavam desse tipo de atitude. A ideia de aplaudir Jesus surgiu nos Shows
Gospel promovidos pelas rádios e gravadoras evangélicas e depois começou a ser reproduzida
nas igrejas;
É errado aplaudir o cantor ou o grupo que está pretensamente
adorando a Deus, justamente por isso; porque a adoração é a Deus e não a homens
e em segundo lugar, aplaudir é errado porque não constitui uma forma bíblica de
adoração à Deus, como veremos mais abaixo;
É errado aplaudir no culto porque é um gesto de aprovação
como declara o dicionário Caldas Aulete: “...
Demonstrar aprovação a (algo, alguém ou si mesmo); APROVAR(-SE); ELOGIAR(-SE).
[td.: aplaudir uma decisão: Aplaudiram -se pela brilhante ideia.]”. O Adorador não está em condição de
aprovar nada, pois se tivesse, estaria também na condição de reprovar. Nós
aplaudimos filmes, peças teatrais e artistas porque aprovamos e gostamos do que
eles fazem, mas se não gostamos, acabamos vaiando. O que muitas pessoas não
conseguem ver é que se o culto fosse teatro, Deus é que estaria no banco e os
adoradores no palco. É Deus quem aplaudiria ou reprovaria o nosso culto. E é
exatamente isso que Ele faz quando há pecado no culto (Isaías 1.13-15).
Pra quem é protestante reformado sabe que é errado aplaudir
no culto porque o “Princípio Regulador do Culto” estabelecido na Confissão de
fé de Westminster no capítulo sobre “Culto” orienta que só pode ser usado no
culto àquilo que Deus determina. Por isso qualquer outra coisa que não esteja
claramente estabelecida nas Escrituras tem seu uso reprovado pelo próprio Deus.
O culto na presente dispensação, ou seja, a nova aliança
deve ser observado segundo os princípios dos dois Testamentos, mas deve-se usar
apenas os elementos do culto estabelecidos no Novo Testamento (pois no antigo
tínhamos diversos sacrifícios e cerimônias que, em Cristo, não são mais
necessárias).
No Antigo Testamento tínhamos a liturgia sacerdotal. O povo
fora dos átrios do templo batia palmas, dançava e até comia em devoção a Deus.
Mas o culto mesmo acontecia dentro do templo com a ação dos sacerdotes e
levitas e o silencio do povo nos átrios exteriores. Se queremos observar o
Antigo Testamento temos que ver o que os sacerdotes faziam e não o povo; e o
que acontecia quando o preceito de Deus quanto ao culto era desobedecido?
Levitico 10:1-2 Nadabe
e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo,
e sobre este, incenso, e trouxeram fogo
estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. 2 Então, saiu fogo de diante do
SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR.
2 Samuel 6:6-7 Quando chegaram à eira de Nacom, estendeu Uzá
a mão à arca de Deus e a segurou, porque os bois tropeçaram.
7 Então, a ira do SENHOR se acendeu contra Uzá, e Deus o feriu ali por esta irreverência;
e morreu ali junto à arca de Deus.
Hoje nós temos livre acesso a
Deus em Cristo Jesus; hoje todos nós somos sacerdotes, todos nós somos levitas;
sim, todos nós que fomos nascidos de novo; agora somos, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus. O Novo Testamento nos ensina que
Deus nos coloca como sacerdotes, sendo Cristo o Sumo-Sacerdote. Temos que fazer a respeito do Novo Testamento
o mesmo que os sacerdotes faziam no Antigo, isto é, seguir estritamente o que
Deus Determina em sua Palavra. Assim sendo, à medida que ele nos dá a liberdade
de acesso a Deus em Cristo, ele restringe o culto aos elementos encontrados em
sua Palavra! no Novo Testamento temos que o culto deve ser realizado com
salmos, hinos, cânticos espirituais, oração, pregação e leitura da Palavra,
ofertas, batismo, santa ceia. Mas não existe referência a palmas (nos
sentido de aplauso).
Algumas pessoas argumentam que a sinceridade do
coração credencia o uso do aplauso como um ato de louvor. Elas insistem em
dizer que ao aplaudir a Jesus com a intenção de louvar, o sentido primário da
palavra que é o de “aprovar” deixa de ser importante, uma vez que no coração
ela deseja adorar. Elas fundamentam seu
argumento nas palavras de nosso Senhor à mulher de Samaria:
No entanto, está chegando a hora, e
de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito
e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus
adoradores o adorem em espírito e em verdade". (João 4:23-24-NVI)
Isso trás
alguns problemas que eu gostaria de destacar:
1º.
A adoração em “espírito” neste texto, de forma alguma pode ser desvinculada
da ação do Espírito Santo no meio da Igreja. No AT, o povo entendia que Deus
estava no Templo. Mas agora com a presença do Filho no meio do povo, presença
essa comunicada de modo especial pelo Espírito, Deus habita na Igreja. Assim
sendo, se Deus pelo Espírito Santo está na Igreja, qualquer lugar é lugar
legítimo de adoração. Onde quer que ela esteja adorando (corretamente), Jesus
estará naquele lugar. Portanto, Jesus só pode estar falando sobre a relativização
do “Local” do Culto e não dos “elementos” constitutivos do Culto.
2º.
Colocar o coração do homem como responsável por determinar o que se usa
ou não na adoração ao Senhor é uma atitude temerária que, de modo algum vemos nas
Escrituras Sagradas. Isso não aconteceu no Antigo Testamento, como vimos
acima e também não aconteceu no Novo
Testamento, que, também baseado no texto acima, não devemos entender Deus
deixou por nossa conta, ao contrário disso, ele determina os elementos do
culto, que embora sejam bem mais simples, são muito mais poderosos e eficazes por
causa da obra de Cristo e da operação do Espírito Santo.
3º.
O Coração do Homem não pode ser o que determina os elementos do culto,
por causa da natureza pecaminosa do homem. Devemos lembrar as palavras do Deus
Todo Poderoso por meio do profeta Jeremias:
Enganoso é o
coração, mais do que todas as coisas, e desesperadamente corrupto; quem o
conhecerá? Eu, o SENHOR, esquadrinho o coração, eu provo os pensamentos; e isto
para dar a cada um segundo o seu proceder, segundo o fruto das suas ações. (17.9-10)
Isso significa que podemos
estar sendo muito sinceros no culto, mas desastrosamente errados. Podemos estar
sendo enganados pelo nosso próprio coração. Você pode dizer: “Deus conhece a
sinceridade do meu coração”, e Ele conhece mesmo vide o texto bíblico acima.
Mas pergunta que eu faço é: Deus é obrigado a aceitar algo errado porque
vem de um coração sincero?
Bem sabemos que ainda hoje, a carne milita contra o Espírito,
ou seja, os desejos do coração são contra aquilo que o Espírito Santo, que em
nós habita, deseja comunicar. A solução é obvia, é lutar contra os desejos do
coração para fazer o que o Espírito ordena. E como o Espírito no comunica Sua vontade? O Apóstolo Paulo nos orienta a
tomar “o capacete da salvação e a espada
do Espírito, que é a palavra de Deus” (Efésios 6.17). Se quisermos seguir a vontade do Espírito
Santo no que diz respeito ao culto, devemos ouvir a Palavra da Verdade (2
Timóteo 2.15). Isso é adorar “em
Espírito e em Verdade”.
Por isso não posso concordar
com os aplausos para Jesus. Porque se o fazemos para louvor e adoração, não
deveríamos nos certificar se Deus nos autoriza a fazê-lo ou não? A resposta é
obvia: Se Ele não determinou que assim fosse feito, então Ele não autoriza!
segunda-feira, 7 de maio de 2012
"Mães Verdadeiras"
"Não matem a criança! Deem-na à
primeira mulher. Ela é a mãe".
1 Reis 3.16-28
Um
pouco antes de começar a escrever este texto, via pela televisão um programa em
que aparecia uma cena real onde um criminoso entrou em confronto com um policial.
Depois que ele foi totalmente dominado, de joelhos e com a mão na cabeça,
percebeu sua situação e gritou “Mãe!!!”. No fundo, ele sabia que sua mãe não poderia
fazer nada por ele; mas ele sabia que, se ela pudesse, ela faria; sabia, pelo
menos, que, embora ela pudesse não concordar com ele, continuaria ao seu lado e
o amaria até o fim!
Depois
do amor de Deus por nós, certamente o amor materno é a maior expressão do amor
que podemos testemunhar (Isaías 49.15). Talvez porque seja o que mais se
assemelha ao amor que Deus tem por seus filhos. É um amor doador, capaz de
renunciar seu próprio bem em prol do objeto do seu amor. É um amor que, de
fato, “Tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta” (1Coríntios 13:7).
O
que vemos no famoso episódio relatado no livro dos Reis é uma mulher lutando
pelo seu filho, que lhe fora tirado durante a noite por outra mulher que matara
inadvertidamente o próprio filho ao deitar-se sobre ele. Ela não tinha como
provar diante do Rei Salomão que falava a verdade. O fato de ser prostituta não
permitia que a sociedade desse crédito ao que ela falava; e também não tinha
testemunhas para ficarem ao lado dela, ou seja, objetivamente, ela não tinha
nada.
Mas,
perante dela, estava um Rei que se colocara diante do Senhor em oração e pedira
sabedoria! Ele sabia que existia mais um elemento capaz de provar quem era mãe
de verdade, um elemento que não podia ser trazido à luz a partir do mero
depoimento ; não sem o risco de poder ser vencido por uma representação enganosa. O elemento que determinaria quem era a mãe era o
amor e, ao ordenar que partissem a criança ao meio, Salomão pretendia saber
quem, de fato, amava a criança. No caso relatado, o amor verdadeiro denunciou
quem era a genitora.
Mas
eu gostaria de colocar uma questão: A outra mulher, notoriamente, não amara nem
o filho que perdera tempos antes, quanto mais o bebê que estava vivo. Digo isso
porque uma mulher que um dia teve o privilégio de sentir o amor materno jamais deveria
querer o mal de criança alguma. Então, por que ela lutava pela criança? Penso
que pela possibilidade de ser respeitada pela sociedade, o nascimento de uma
criança era um sinal notório da benção de Deus, e o desprezo que a sociedade
tinha por ela certamente diminuiria quando a vissem portar seu bebê no colo;
também um filho era, por assim dizer, a
“aposentadoria” de uma mulher idosa, que não podia mais trabalhar. Ela só
estava pensando nela mesma e, ao meu ver, ao se contentar com a execução da
criança, ela estava dando a última cartada, para que no futuro a sociedade
pudesse apiedar-se de sua triste história de ter tido seu filho ainda um bebê sendo
executado pelo próprio Rei.
A
atitude de Salomão teve o propósito de identificar quem amava e, na situação
relatada, a genitora era quem amava de verdade. Mas sabemos que nem sempre é
isso que acontece, não é verdade? As Escrituras relatam situações em que o amor
materno ficou em segundo lugar, como no terrível episódio encontrado em 2 Reis
6.28-29. Ali o amor não conseguiu vencer a ferocidade da fome.
Vamos
supor que as duas mulheres tivessem encontrado juntas um bebê abandonado e
resolvessem lutar por ele diante do Rei, o artifício usado por Salomão não
conseguiria identificar a genitora, mas determinaria a mãe verdadeira, porque a
mãe verdadeira era aquela que estava disposta a renunciar o respeito da
sociedade e os cuidados futuros de um filho adulto em prol da manutenção da
vida daquele que, mesmo sem ter gerado,
amava profundamente.
O
leitores podem pensar que estou fugindo do texto, mas não estou. Estou convencido
de que o propósito de Salomão era saber quem, de fato, amava a criança e ele
descobriu. Ele descobriu quem era a mãe de verdade, porque a mãe “de verdade” é
aquela que ama de verdade!
Ordinariamente,
esse amor intenso é dado àquela que gera, mas nem sempre acontece assim.
Existem mães que nunca geraram e, diante de Deus, são mães do mesmo jeito;
existem mães que nunca tiveram as dores do parto; mas, ao cuidar dos filhos que
chegaram aos seus braços de outra maneira, sentem a dor de ver o filho com
febre, sentem a dor de ver seu filho sofrendo por causa dos mais diversos
motivos; também sentem a alegria de ser o instrumento de Deus para o
crescimento de seus filhos, alegria de vê-los indo para escola, de vê-los
formando uma nova família, de vê-los ao redor da mesa do jantar e brincando no
quintal; e também o privilégio de saber que, quando seu filhos estiverem em
apuros, não vão gritar “socorro”, não vão gritar nenhuma outra palavra senão
“MÃE”.
Que
Deus abençoe as “Mães Verdadeiras”
Porque eu Deveria Orar?
2. Embora
a oração seja incapaz de mudar a vontade de Deus, orar não é uma atitude ineficaz
(Dn 4.35). Porque Deus usa a oração do seu povo como um
instrumento para por seus desígnios em ação (Jó 42.7-8). Quando um desejo
intenso de orar invade o nosso coração; quando preocupações com o Reino de Deus
começam a ocupar a nossa mente; quando Deus quer mudar o rumo de um enfermo
terminal, de um cego espiritual, de uma região sem conhecimento do evangelho,
de uma igreja desanimada, Ele começa a comover o seu povo para que estes o
busquem em oração incessante e coisas impressionantes comecem a acontecer na
terra. (Nm 1.5)
3. Não
devemos entender a oração como um mero instrumento para conseguir bênçãos. A oração, como um meio de graça, como o
culto e as Escrituras, é benção em si mesma (Ef 2.13-18). Só podemos nos aproximar de Deus para
orar, para cultuar e na eternidade para com Ele morar, porque Cristo Jesus veio
a este mundo e se ofereceu em sacrifício para satisfazer a Justiça do Pai. Só podemos
entrar em nosso quarto em secreto e receber a recompensa do Deus que nos houve
em secreto, porque Jesus morreu em uma cruz.. Porque que podemos chegar
confiadamente ao Trono da Graça? A resposta é clara: “Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas” (Hb 4.15). Sim, a
oração só é possível por causa do nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo! Sim, a
oração é um grande presente de Deus para nós!
4. Na
oração testemunhamos o Poder de Deus. A oração não tem
poder nenhum! Quem tem poder é Deus. Quando Tiago diz que “muito pode, por sua
eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16) a ênfase é no justo e não na oração. O
justo é aquele que foi justificado por Deus, e anda totalmente confiante na
graça e não em seus próprios méritos. O Justo é dependente de Deus e por ser
assim, suas orações não são feitas incorretamente (Tg 4.3), mas expressam o
querer de Deus, e por isso são atendidas. Nós não confiamos na oração, assim
como nós não confiamos no telefone, confiamos naquele que está do outro lado da
linha, o Deus Todo Poderoso. E continuando com a metáfora, a “linha” nada mais
é do que a capacidade de Deus nos ouvir, portanto ela não “cai” nunca!
5. Por
meio da oração podemos colocar diante de Deus nossas
necessidades pessoais e comunitárias. Pela oração podemos pedir o “pão nosso
de cada dia” (Mt 6.10); podemos pedir ousadia para proclamar o evangelho (At 4.29)
Pelo simples fato de orar comunitariamente podemos fortalecer a comunhão da
igreja (At 2.42).
6. Na
Oração contamos com a assistência do Espírito Santo. Devemos aprender
a orar corretamente, porém, não é a precisão de nossas orações que as tornam
eficazes. Todos nós, neófitos ou amadurecidos na fé, precisamos da assistência
e intercessão do Espírito Santo, pelo motivo obvio de que não sabemos orar como
convém. (Rm 8.26). Uma oração que se resume em um choro na presença do Senhor
tem muito mais possibilidade de ser ouvida do que uma longa e tecnicamente
correta (Lc 18.10).
A disposição do coração fala muito mais alto.
quarta-feira, 2 de maio de 2012
Porque eu Deveria ir ao Culto?
1. Como
Filhos de Deus, nós o adoramos para
expressar nosso amor. (Dt 11:13) Toda a primeira parte dos mandamentos que
tratam da adoração ao Senhor (Ex 20) pode ser resumida em “Amar a Deus acima de
todas as Coisas”. Portanto Adorar ao Senhor comunitariamente é um ato de amor
ao Deus que nos amou primeiro. Se o amamos, vamos ao culto!
2.Como
seres Criados e sustentados por Deus, nós o adoramos para expressar nossa gratidão (Sl 116.12-14)! A Igreja adora ao
Deus Trino grata por todas as bênçãos derramadas em sua vida. A benção da
salvação, as bênçãos advindas da providência, o alimento, a proteção, a cura, o
trabalho, ou seja, o cristão adora a Deus comunitariamente pela bênção da vida.
3.Como
servos de Deus, nós nos unimos no culto público para expressar nossa obediência (Ez 22:26). O Cristão se une aos irmãos em cumprimento ao mandamento do
Senhor. Ele sabe que não uma questão de estar disposto ou não. Quando a cama ou
a diversão falar mais alto, lembre-se que você tem uma ordem para cumprir!
4.Como
Cristão, nos reunimos no culto comunitário para
desfrutarmos de modo especial da presença do Senhor Jesus Cristo (Mt 18:20).
Ele nos deu essa promessa. Os discípulo reunidos viram Jesus partir o pão, reunidos
eles viram Jesus Ressurreto, reunidos ele viram o Senhor subir aos Céus; foi quando
estavam reunidos que Jesus lhe enviou o Espírito Santo. Esse deveria ser o desejo maior de todo crente
verdadeiro, estar na presença do Senhor Jesus. Se não almejamos isso hoje,
porque Deus deveria nos manter junto dele no dia da Glória do Seu Filho. Estar
no céu e, finalmente, no “Novo Céu e Nova Terra” é estar na presença de Cristo
para sempre; se não queremos isso agora, porque Ele haveria de querer estar
conosco depois (Mc 8:38)!
5.Deveríamos
nos Reunir em adoração comunitária com
um testemunho aos neófitos e aos não cristãos. Seu desânimo desanima os
neófitos. Sua indolência o faz um guia cego que conduz outros ao abismo. Quanto
aos não crentes, muito embora eles digam que ir ao culto todos os domingos é “fanatismo”,
você sabe onde que eles esperam que você esteja neste dia? É isso mesmo, NO
CULTO AO SENHOR. No fundo eles querem ver em você uma resposta para suas vidas
vazias; Mas sua permanência fora do seu
lugar dá força à incredulidade deles: “Mas vós vos tendes desviado do caminho e,
por vossa instrução, tendes feito tropeçar a muitos” (Ml 2:8)
6.Deveríamos
nos reunir no culto, para o nosso
fortalecimento espiritual. No Culto ouvimos a vós de Deus pela proclamação
da Palavra. O culto nos prepara para o Dia de nosso Senhor Jesus Cristo (Hb 10.25).
terça-feira, 1 de maio de 2012
Cerimônias do Antigo Testamento: Meios da Graça de Deus
Depois que o primeiro pecado ocorreu, não houve nenhum outro meio do ser humano relacionar-se com Deus que não fosse pela ação, de “mão única”, chamada “Graça”. Sim, toda ação humana sincera e amorosa para com Deus não passa de uma resposta à iniciativa divina de nos amar e salvar; iniciativa de Deus de reconciliar um povo com Ele mesmo (Jn 2.9, Ef 2.8; Ap 7.10). Por isso, não podemos confundir o regime da Lei e das observâncias cerimoniais com o “Pacto das Obras” porque este foi feito com o homem enquanto tinha condições de obedecer a Deus, ou seja, antes que o primeiro pecado ocorresse.
O pecado não se trata de uma desobediência a um ser
qualquer, mas a Deus e, quanto mais conhecemos a respeito da Santidade e
Majestade de Deus, mais sabemos sobre o peso e gravidade do nosso pecado. Este produziu
consequências eternas e tão profundas que só o Deus eterno podia mudar (Mt
19.26). Portanto, não era possível um novo “Pacto” com base nas obras do ser
humano uma vez que todas as suas ações até as melhores delas não passavam de mera
desobediência (para não dizer algo pior! - Is 64.6), pelo simples fato de não
serem feitas com o propósito correto.
Deus, para relacionar-se conosco, fez um Novo Pacto,
uma Nova Aliança, baseada na “Obra” de Seu Filho Jesus Cristo, que veio ao
mundo para ser aquele por meio de quem seríamos salvos da condenação que pesava
sobre nós, faria de nós um povo salvo, remido e santo! Sim, “Santos” e, pasmem,
“justos”!! Não pelos nossos méritos, mas pelos Seus próprios méritos. Logo, não
podemos pensar que Jesus de Nazaré é apenas um personagem do Novo Testamento,
como Pedro, João e Paulo. Não, Jesus é o Filho de Deus e está no centro da
história. Ele é o Centro do Antigo e do Novo Testamentos.
Nunca houve salvação de seres humanos com base em
obras porque estes, quando tiveram a oportunidade de serem obedientes na pessoa
do primeiro ser humano, falharam peremptoriamente. Assim sendo, salvação só por
meio da graça. A natureza pecaminosa do ser humano o torna, não apenas um
deficiente na realização da vontade de Deus, mas “morto” e impossibilitado de
sequer compreender as coisas espirituais (1Co 2.14), ou seja, as coisas
relacionadas a Deus.
Então, o que foram as Leis cerimoniais, as ofertas e
todas aquelas coisas prescritas no Antigo Testamento, se não eram regra para a
salvação? Elas eram aquilo que hoje chamamos de “Meios de Graça”. Eram os meios
de graça que tinham o propósito de fortalecer a fé no Messias que haveria de
vir (Rm 3.20-25). Os cerimoniais do Antigo Testamento Eram “sombras” de Cristo
(a imagem real Cl 2.17, Hb 10.1), como nos ensina o autor aos Hebreus. Vislumbravam o
Messias como um evento por vir; e, como todas as bênçãos advindas com Ele obviamente
ainda não tinham ocorrido, era necessário que os meios, ou instrumentos, para
fortalecer a fé deles fossem um sistema muito mais complexo e organizado por força
de lei. Porque o Espírito que lhes imprimiria a lei no coração não fora enviado
(porque só o seria pelo Messias). Essa era uma promessa clara no Antigo
Testamento.
Sim, eram “Meios de Graça” do mesmo modo como no
Novo Testamento temos a leitura da Palavra, as orações e a adoração comunitária.
Essas, embora bem mais simples, são muito mais poderosas em seus efeitos de
fortalecimento da fé por causa do Espírito Santo que fora enviado no Dia de
Pentecostes, e que habita na Igreja de Cristo e a ensina no caminho em que deve
andar.
terça-feira, 17 de abril de 2012
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