2. Embora
a oração seja incapaz de mudar a vontade de Deus, orar não é uma atitude ineficaz
(Dn 4.35). Porque Deus usa a oração do seu povo como um
instrumento para por seus desígnios em ação (Jó 42.7-8). Quando um desejo
intenso de orar invade o nosso coração; quando preocupações com o Reino de Deus
começam a ocupar a nossa mente; quando Deus quer mudar o rumo de um enfermo
terminal, de um cego espiritual, de uma região sem conhecimento do evangelho,
de uma igreja desanimada, Ele começa a comover o seu povo para que estes o
busquem em oração incessante e coisas impressionantes comecem a acontecer na
terra. (Nm 1.5)
3. Não
devemos entender a oração como um mero instrumento para conseguir bênçãos. A oração, como um meio de graça, como o
culto e as Escrituras, é benção em si mesma (Ef 2.13-18). Só podemos nos aproximar de Deus para
orar, para cultuar e na eternidade para com Ele morar, porque Cristo Jesus veio
a este mundo e se ofereceu em sacrifício para satisfazer a Justiça do Pai. Só podemos
entrar em nosso quarto em secreto e receber a recompensa do Deus que nos houve
em secreto, porque Jesus morreu em uma cruz.. Porque que podemos chegar
confiadamente ao Trono da Graça? A resposta é clara: “Porque não temos sumo
sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas” (Hb 4.15). Sim, a
oração só é possível por causa do nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo! Sim, a
oração é um grande presente de Deus para nós!
4. Na
oração testemunhamos o Poder de Deus. A oração não tem
poder nenhum! Quem tem poder é Deus. Quando Tiago diz que “muito pode, por sua
eficácia, a súplica do justo” (Tg 5.16) a ênfase é no justo e não na oração. O
justo é aquele que foi justificado por Deus, e anda totalmente confiante na
graça e não em seus próprios méritos. O Justo é dependente de Deus e por ser
assim, suas orações não são feitas incorretamente (Tg 4.3), mas expressam o
querer de Deus, e por isso são atendidas. Nós não confiamos na oração, assim
como nós não confiamos no telefone, confiamos naquele que está do outro lado da
linha, o Deus Todo Poderoso. E continuando com a metáfora, a “linha” nada mais
é do que a capacidade de Deus nos ouvir, portanto ela não “cai” nunca!
5. Por
meio da oração podemos colocar diante de Deus nossas
necessidades pessoais e comunitárias. Pela oração podemos pedir o “pão nosso
de cada dia” (Mt 6.10); podemos pedir ousadia para proclamar o evangelho (At 4.29)
Pelo simples fato de orar comunitariamente podemos fortalecer a comunhão da
igreja (At 2.42).
6. Na
Oração contamos com a assistência do Espírito Santo. Devemos aprender
a orar corretamente, porém, não é a precisão de nossas orações que as tornam
eficazes. Todos nós, neófitos ou amadurecidos na fé, precisamos da assistência
e intercessão do Espírito Santo, pelo motivo obvio de que não sabemos orar como
convém. (Rm 8.26). Uma oração que se resume em um choro na presença do Senhor
tem muito mais possibilidade de ser ouvida do que uma longa e tecnicamente
correta (Lc 18.10).
A disposição do coração fala muito mais alto.
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